Três estações rotacionais instigaram a investigação e a curiosidade das crianças durante o contexto indígena. A primeira parada, foi a estação Modelagem e textura, onde os pequenos moldaram a argila, esculpiram com palito e lã tendo como inspiração animais em cerâmica, cuia com traços e cestaria para confeccionarem suas criações.
Na próxima estação, Traço e cor, a tinta se fez presente com água, cola e urucum. Iniciaram um pouco retraídos, perguntando se poderiam se pintar mesmo. Aos poucos a descontração surgiu e as linhas indígenas se destacaram nos braços, pernas e no rosto das crianças.
A última parada foi a estação Som e ruído. Com iPad e fone de ouvidos os alunos escutaram vários sons que representavam a natureza e a cidade, o agito e a calmaria. Ao ouvirem, desenharam suas sensações e emoções nos ritmos pulsados nos ouvidos.
Durante a proposta, relatos interessantes e questionadores ocorreram e a comunicação entre as estações foi rica em trocas e descobertas. Entre uma colocação e outra dos grupos, eis que surgem:
“Pro, essas pinturas que estou tentando fazer parecem uma montanha. Montanha tem várias árvores e parece que significa uma natureza viva.”
“Alguns animais já têm as linhas, os indígenas pintam as linhas.”
“Os indígenas são iguais à gente, só o jeito de viver que é diferente.”
“Os indígenas precisam morar em cidades porque os humanos, sem ser os indígenas, estão dominando tudo, colocando cidades novas no lugar da natureza.”
E com esse olhar de que todos somos iguais, apenas temos modos de viver diferentes, é que entendemos a importância de cultivar, desde pequenos, o respeito à diversidade cultural brasileira.
Maria Cristina Costa, professora do 1º ano B e E