A criança é permeada pelo lúdico e o brincar se torna uma forma de compreender a realidade desde a mais tenra idade. Já na primeira infância, a criança aprende na construção das brincadeiras e interações lúdicas com o mundo e com o outro, que ganha contornos mais delimitados e orientados conforme elas crescem e sistematizam seus conhecimentos.
O conhecimento matemático também é constituído pelo sujeito por meio dessas interações e o lúdico não poderia faltar. É por meio da brincadeira que a criança acessa conteúdos e vivências importantes para a aprendizagem da Matemática, num ciclo constante de aprendizagem e utilização do conteúdo aprendido, transformando a prática em teoria e a teoria em prática.
O pensamento matemático segue o desenvolvimento infantil e cresce em complexidade à medida em que a capacidade cognitiva é ampliada, partindo de situações simples do cotidiano para as ideias abstratas da ciência matemática. A articulação entre o conhecimento matemático e a brincadeira é uma importante conexão que auxilia na compreensão e utilização de ideias e conceitos.
Um dos primeiros conhecimentos matemáticos presente em nosso cotidiano e sistematizado pelas crianças na escola está relacionado ao Sistema de Numeração Decimal. Por que existem números? Como eles são escritos? Como são utilizados para quantificar? Essas e outras perguntas sobre o sistema de numeração são importantes informações que serão a base do pensamento matemático e permitirão a compreensão de outros conteúdos.
Para relembrar e aprofundar os conhecimentos matemáticos o 5º EF inicia o ano com o estudo do sistema de numeração e sua organização. Nada melhor que utilizar um jogo para colocar em prática o que já foi aprendido e permitir que novos conhecimentos aconteçam.
As professoras Andreia e Liliane propuseram o Jogo do Sistema de Numeração, que pôde ser realizado com as crianças presencial e remotamente. A ideia central do jogo é o resgate do quadro de ordens até a classe dos milhares e sua ampliação para a classe dos milhões.
No jogo, as crianças acertam os objetos marcados, organizados como um quadro de ordens, para fazer cada vez mais pontos. Para as crianças no ensino remoto foram utilizados recipientes de plástico, como potes e copos, e para as crianças no ensino presencial foram utilizados cones e bambolês, seguindo os protocolos de higienização e distanciamento.
Em cada rodada, os estudantes eram estimulados a fazer pontos acertando os objetos nas ordens mais altas, ampliando a compreensão sobre quantidades, o registro dos números no quadro de ordens e o conhecimento sobre a classe dos milhões.
Após o jogo, foi realizada uma análise da forma como a pontuação foi registrada, organizada no quadro de ordens e os conhecimentos mobilizados durante a brincadeira, o que permitiu a exposição das dúvidas e aprendizagens das crianças, além da intervenção das professoras para refinar a compreensão sobre o sistema de numeração.
Os jogos e brincadeiras estarão presentes nas ações de Matemática ao longo de todo o ano, nos mais diversos conteúdos, potencializando a aprendizagem e a motivação das crianças para a aprendizagem.
Professoras Liliana Santana e Andreia Heringer