Entrelaçar de saberes
O 1o ano D retomou alguns conhecimentos prévios sobre o corpo humano e trabalhou em grupo na construção da representação do que temos por dentro dos nossos corpos, entrelaçando seus saberes e estabelecendo conexões entre os apontamento de cada integrante:
– Estou fazendo o osso da perna. – diz Joanna aos amigos enquanto se debruça sobre a região da perna do corpo que contornaram no papel.
– E como esse se chama? – questiona a professora.
– Não sei, mas sei que ele é desse jeito porque já fui no museu de dinossauros que meu primo adora e lá tinha ossos. – responde a menina enquanto finaliza seu traçado.
Cada criança traz sua experiência e vivência e assim constroem-se teias tecidas por elas mesmas, no entrelaçar dos diferentes saberes.
A aluna Manuela Cristina anuncia ao grupo que quer representar o coração:
– Fazer o coração vai ser difícil, porque ele não é igual a gente costuma fazer – enquanto verbaliza aos colegas sua dificuldade prossegue com sua representação – Fiz um coração da vida real, por isso está meio estranho.
As boas perguntas fazem parte do processo e auxiliam na retomada do que já se conhece, assim como fomenta novas ideias e hipóteses:
– O que é isso? – pergunta a professora que observa a aluna desenhando algo como ondulações na região da cabeça do corpo.
– O cérebro! – exclama Liz – É o que faz a gente pensar.
– É o que controla a gente. – completa Manuela Cristina.
– Como assim “nos controla”? – questiona a professora.
– Não sei. Talvez ele tenha uns botões e uma alavanca, não sei. – responde Manuela.
Enquanto isso, na construção coletiva, outras partes do corpo seguem sendo representadas e diálogos são estabelecidos para que se cheguem em conclusões:
– Aqui é duro, por isso eu sei que tem osso. – afirma Theo enquanto aperta seu braço.
– Se a gente não tivesse esse osso aqui poderia machucar o nosso coração. – afirma Mariana enquanto tateia sua caixa torácica.
Ao final, após ossos e órgãos desenhados, Theo traz uma informação importante ao grupo:
– Vamos ter que fazer sangue no corpo todo, porque em todo o corpo passa um pouco de sangue para a gente poder viver.
– Se a gente não tivesse sangue, estaríamos mortos. – completa Lorenzo.
– Sem sangue a gente não poderia viver! – conclui Mariana.
A construção coletiva gerou conhecimento e levantamento de novas hipóteses. Para o trabalho em grupo acontecer, os pequenos precisaram estabelecer comunicação a partir da escuta ativa. Além disso, puderam expor seus conhecimentos e trocar experiências e saberes.
Bruna Rodrigues, professora do 1º ano D
Letícia Costa, assistente de classe