Uma das modalidades artísticas mais antigas do mundo é a cerâmica. Não se sabe exatamente como, mas o ser humano descobriu muitas potencialidades ao modelar um pedaço de argila (na realidade, uma massa composta de inúmeros elementos, dentre os quais a argila, mas comumente nos referimos a ela como argila) e desenvolver objetos utilitários e/ou decorativos. Só no Brasil há uma grande diversidade de artistas ceramistas, desde a produção dos povos originários até artistas contemporâneos.
Fazendo parte do projeto Conheça o Artista 2024 e do Mês Literário, a ceramista Patrícia Henriques foi novamente convidada para ampliar as possibilidades de experimentação da linguagem da cerâmica dos educandos. Desde a Educação Infantil a cerâmica é explorada e esse trabalho tem continuidade no Ensino Fundamental. Ao entrar em contato com a cerâmica, os educandos desenvolvem múltiplas habilidade: passam a compreender melhor a tridimensionalidade, aprimoram o foco, a concentração e a motricidade, além de exercitar e ampliar a criatividade.
Como forma de melhor compreenderem como são os processos em cerâmica, os educandos vivenciaram dois momentos do processo de produção: um usando a argila mole, que ainda não passou por processo algum de secagem e outro com a argila em ponto de couro (a argila ficou alguns dias secando), que permite que outros recursos sejam exploradas. As peças passam por um processo relativamente longo (uma eternidade para os alunos…) de 7 a 10 dias de secagem para então serem queimadas no forno de cerâmica que há na escola.
A cerâmica, uma das linguagens artísticas mais antigas do mundo, ainda tem muito o que nos ensinar. A argila nos faz pensar sobre quanto o tempo é importante para realizar as coisas e como podemos moldar materializando nossas ideias.
Thaís Hércules, professora de Artes