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Literary waves breaking in an ocean of narratives

Literary waves breaking in an ocean of narratives

Listening to stories is like sea bathing. We observe waves breaking and we have some time to decide how we will welcome it on our bodies – we might jump over it, or plunge right into it, or maybe surf on it for a few seconds. There’s only one thing we know for sure, that the wave will reach us, which might be experienced with pleasure or nuisance. Either way, the wave will embrace and try to take us with it. We may allow the wave to conduct and involve us with its strength, direction and movements, and we might be led to surprising sensations.

Just as the waves have their power, direction and movement, stories have words, rhythm and movement too. In an equivalent experience to the waves in our body, the elements of a story also fulfill our senses. Words overflow our ears with amusing and tasty sounds we want to reproduce, funny rhymes or they might intrigue us by its multiple meanings. Images capture our sight in the pursuit to search for clues, crack a riddle or just to admire and cherish beauty. The movement or the plot of the narratives evoke thoughts or imagination and it may arouse our eagerness for knowledge which we may truly feel in our stomachs or skin.

To listen, as well as, to read stories, is an experience with sensations and in this sense, it is possible to broaden the literary world to something bigger than language, or maybe to surround it with other experiences that will also shape it.

The feelings, movements, thoughts and projections that we have when we encounter the endless ocean and an infinite skyline of possibilities, where every beach has its own beauty, are unique – one is never alike the other. As we open a book, a new horizon opens up for us, in a singular way. Turning pages is like breaking waves: new ideas, reflections, challenges and discoveries come to meet us.

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Ondas literárias quebrando em um oceano de narrativas

Ouvir histórias é como tomar um banho de mar. Observamos o quebrar das ondas e temos algum tempo para decidir como a receberemos em nosso corpo – se a pularemos, se mergulharemos de cabeça, de lado, de costas; se surfaremos na espuma por alguns segundos. A única certeza é que haverá um encontro, que poderá ser experimentado com prazer ou, quem sabe, causar um certo incômodo. De todo modo, a onda nos envolverá e procurará nos levar com ela. Podemos permitir que a força, o sentido e o movimento dela nos arrebate e aí podemos nos deixar levar por sensações surpreendentes.

Assim como a onda tem força, sentido e movimento; as histórias têm palavras, ritmo e movimento também. E de maneira análoga à experiência da onda no corpo, os elementos das histórias também preenchem nossos sentidos. As palavras nos recheiam os ouvidos com sons gostosos de pronunciar, rimas engraçadas ou nos inquietam por sua multiplicidade de sentidos. As imagens capturam o olhar, na busca por decifrar enigmas, buscar pistas ou simplesmente por contemplar o belo. O movimento ou o enredo das narrativas evocam o pensamento e a imaginação, criam uma ânsia de saber que, às vezes, sentimos no estômago ou na pele.    

Ouvir histórias, e também ler histórias, é uma experiência de sensações – o que abre o campo da literatura para ir além do campo da linguagem, ou talvez para envolver o campo da linguagem com outros que a circunscrevem, e que lhe dão forma.

As sensações, movimentos, pensamentos e projeções que experimentamos ao encontrar esse mar infinito num horizonte com imensas possibilidades, em que cada praia tem sua própria beleza: uma nunca é igual a outra. Ao abrirmos um livro, um novo horizonte se abre para nós, de modo único e singular. O virar de páginas é como uma onda que se quebra: surgem novas ideias, reflexões, provocações, descobertas…

Maria Paula Maluf – Preschool 3 A

Fernanda Barbosa – Preschool 2 B

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