A educação é um processo permanente que, ao longo da vida de cada pessoa, se renova, se refaz, se aprimora. É dinamismo que move e impulsiona, que gera questionamento e busca, que provoca e instiga a tomada de posições, que justifica escolhas, que esclarece e fundamenta ações, atitudes e valores.
Somos sempre aprendizes, convocados pela vida a construir a história de nosso tempo enquanto escrevemos a nossa própria história de vida.
Conscientes de que é preciso aprender a aprender com a vida, que é preciso entender o mundo para tomar posse do conhecimento, transformando-o em sabedoria a favor da vida para torná-la plena, abundante e solidária, nós, do Colégio Emilie de Villeneuve, queremos contribuir com as famílias na educação de seus filhos, partilhando com elas o desejo de favorecer a formação de protagonistas no presente e no futuro, agentes de transformação, construtores de novos caminhos.
Temos uma história que nos identifica com um ideal e um carisma que se enraízam nos séculos. Temos uma caminhada de 68 anos que assegura uma experiência que acompanha e cria mudanças, que abre ilimitados espaços físicos, tecnológicos, intelectuais e virtuais e descortina outros de reflexão, crítica, transcendência, cidadania e criação estética.
Trabalhamos – com muito entusiasmo e seriedade – para oferecer uma formação integral, sim. Porque, numa casa de Emilie de Villeneuve, a vida não pode ser pela metade. Tampouco a felicidade das histórias.
Jeanne Emilie de Villeneuve (1811-1854) é a fundadora da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Castres. Nascida em Toulouse, numa família da nobreza rural profundamente cristã, Emilie foi mulher de um tempo que trazia vivas as marcas da Revolução Francesa.
Sua condição privilegiada não a fechou em si nem a impediu de, ainda muito jovem, olhar a realidade local e para ela voltar-se e agir, defendendo e promovendo os pobres, as meninas que a vida abandonava e todos aqueles que precisavam da acolhida, do conforto e da instrução que lhes eram negados.
Nosso Colégio tem uma história que já se prolonga por mais de 68 anos, fundindo-se com o desenvolvimento do bairro em que está localizado e com a caminhada da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Castres, que o mantém e administra.
Tudo começou em 13 de julho de 1949, quando Madre Iva Poupon comprou um terreno de 18.420 metros quadrados num bairro que mais parecia uma tranquila chácara, para ali construir a casa de formação das Irmãs e um colégio. O dinheiro era pouco e os trabalhos eram muitos, o que fez com que a pedra fundamental só fosse colocada em julho de 1953.
No início era uma pequena escola, mas a única de toda a região que acolhia meninos e meninas que eram alfabetizados com o método da Madre Iva. As professoras eram todas Irmãs e já havia o semi-internato. No final dos anos 50, o Instituto Emilie de Villeneuve tinha 150 alunos.
A partir da década de 60, o crescimento é gradativo e a escola passou a ser só para meninas. Eram tempos diferentes: o Jardim Prudência, como era chamada a Vila Mascote naquele tempo, pouco a pouco foi perdendo seu jeito sossegado, sobretudo por conta do Aeroporto de Congonhas que deixara de ser um simples campo de pouso. E o Colégio continuou a desenvolver-se, constituindo-se um verdadeiro referencial de educação para toda a região.
Nos anos 80 o número de alunos continuou crescendo e a educação infantil ganhou um prédio exclusivo no meio de um belo jardim; além disso o Colégio voltou a ser misto, mudou o uniforme – da saia azul para o abrigo azul – e já era expressivo o número de professores leigos que vieram juntar forças ao trabalho que antes era quase exclusivo das Irmãs.
O Emilie entrou na década de 90 com cara nova e coração forte: os espaços foram ampliados e redirecionados para as novas exigências educacionais: laboratórios novos, informática para estudo e prática, estruturas modernas para os esportes e novas quadras.
O novo milênio, no ritmo da velocidade virtual, dinamizou todas as estruturas que as sociedades foram construindo no decorrer dos séculos e o Emilie não ficou para trás. Aqui se acredita no protagonismo juvenil, buscando formar pessoas que, com autonomia, liberdade, conhecimento e espírito crítico, mas solidário, saibam ser agentes da história de sua própria vida e de seu tempo.
No estudo e na ação, desde aqueles primeiros dias com tão poucos alunos, neste Colégio buscamos tornar vivo o carisma de Emilie de Villeneuve. É ela que vem inspirando a todos nós que aqui estudamos e trabalhamos a dar um sentido a todos os dias de nossa existência, pautando-a na fraternidade, na abertura à diversidade das culturas e na defesa da dignidade de todo ser humano. Há muito para contar a respeito de nossa história e somos gratos por continuarmos a escrevê-la hoje, com a nossa vida aqui, imaginando que, para o futuro, o melhor já se constrói em nosso próprio sonho.
Para entregar-se totalmente a Deus e realizar o maior desejo de seu coração, ela deixa o castelo da família e funda, em 1836, uma pequena congregação que coloca sob a proteção de Nossa Senhora. O hábito religioso que Emilie e suas primeiras companheiras passaram a usar era azul, referência à cor associada a Maria, e a bondade que logo as distinguiu fez com que ficassem carinhosamente conhecidas como “Irmãs azuis”, nome que até hoje as identifica em todo o mundo.
Emilie de Villeneuve tinha caráter decidido e generoso, não se deixava abater diante das dificuldades encontradas e que não foram poucas. Seu pensamento ia longe e sua dedicação mais ainda. Ensinou com a própria vida, na humildade e na confiança sem limites na Providência divina.
O emblema da Congregação que ela fundou traz claro seu ideal: por DEUS SÓ servir aos pobres, aos mais frágeis, ir aonde eles estiverem, aonde a vida estiver ameaçada pela falta de dignidade, amor e esperança, pela miséria, pelo preconceito e pela ignorância.
Seu carisma, que também é nosso porque queremos perpetuá-lo no tempo e nos espaços, é claro e brilhante: amar e servir. E isso define um modo de ser e de agir que nos compromete com a Boa Nova do Evangelho.
A vida de Emilie é sensivelmente marcada pela radicalidade de seu amor e de sua entrega: para ela não havia meio termos quando se tratava de servir aos pobres, de fazer o nome de Jesus conhecido e amado, de estar perto de uma pessoa que precisava de conselho, de apoio, de ajuda. O que ensinava a fazer, primeiramente ela fazia, dando sempre exemplo de profunda humildade e espontânea bondade. As Irmãs a chamavam de Boa Madre.
E como sua vida, centrada em Cristo e oferecida ao próximo, foi sempre coerente e sempre uma busca de ser, estar e agir em Deus Só, o perfume de suas virtudes permaneceu e se espalhou seja na Congregação que partiu missionária e corajosa pelos continentes, seja nas inúmeras graças que são alcançadas por sua intercessão.
Em 2009, Emilie de Villeneuve foi beatificada, após reconhecimento oficial da Igreja, de um milagre em favor de Binta Diaby, uma africana a quem ninguém mais dava esperança de vida. Pouco tempo depois, outro milagre salvou a pequena Emily, no Brasil. Em 2015, ela é proclamada santa e cuida de seus filhos e filhas e os abençoa, em todas as casas que pelo mundo vivem seu carisma.
Saiba mais a respeito de Emilie de Villeneuve e a Congregação das Irmãs Azuis:
www.ciccastres-br.net
Para mais informações sobre a presença das Irmãs Azuis no Brasil, acesse o site da Província de São Paulo: www.irmasazuissp.net
MISSÃO
O carisma de Emilie de Villeneuve nos interpela, nos impulsiona e nos insere no mundo para responder aos desafios do momento histórico e das diferentes realidades sociais e suas problemáticas. Assim, queremos explicitar, na vida e a favor da vida, nossa missão a serviço do Reino, contribuindo no campo educacional para a transformação das sociedades, da mentalidade individualista e para a promoção de uma cultura de paz e solidariedade.
VISÃO
Queremos vivenciar práxis transformadoras e de esperança que testemunhem a Boa Nova do Evangelho e respondam à nossa preocupação em construir comunidades educativas atuantes, organizadas, atualizadas e em formação permanente, dinâmicas e comprometidas com a causa dos pobres, a defesa da dignidade humana e o desenvolvimento da consciência planetária.
O Colégio Emilie tem como filosofia e compromisso preparar pessoas para enfrentar os múltiplos desafios do mundo, capacitando-as não apenas no plano cultural e científico, mas investindo também nos âmbitos ético, político e religioso.
Estamos sempre em processo de aprimoramento de nossa prática educacional, para criar um ambiente altamente favorável ao aprendizado contínuo e transformador, à pesquisa, ao desenvolvimento das potencialidades individuais e da cidadania.
Currículo
A intenção ao construir nosso currículo é mediar as necessidades de aprendizagem do educando nos aspectos cognitivos, afetivos, psicológicos e sociais, diante das exigências e desafios da sociedade atual, o que implica, necessariamente, explorar a flexibilidade de seu próprio dinamismo. O currículo do Emilie assume um caráter sistêmico que favorece a formação integral do educando, capacitando-o – também como agente de seu processo – em conhecimentos e em valores.
Metodologia
A metodologia precisa ser sempre significativa, provocadora, inclusiva, integradora, questionadora, e ver o aluno como um todo.
Para isso, deve propor projetos e avaliações contínuas, estimular o trabalho em grupo, a atividade de pesquisa e o emprego das diferentes linguagens, a fim de desenvolver múltiplas inteligências em cada área do conhecimento e reforçar o exercício da autonomia e o posicionamento crítico.
Temos uma história que nos identifica com um ideal e um carisma que se enraízam nos séculos. Temos uma caminhada de mais de 67 anos que assegura uma experiência que acompanha e cria mudanças, que abre ilimitados espaços físicos, tecnológicos, intelectuais e virtuais e descortina outros de reflexão, crítica, transcendência, cidadania e criação estética.
A Rede Azul de Educação, da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição de Castres, inspirada no carisma de Emilie de Villeneuve, centrado nos valores cristãos, assume como sua missão a formação de comunidades educativas aprendentes, comprometidas com a defesa da vida e da dignidade humana.
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