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200 anos de independência ou morte

200 anos de independência ou morte

Revisitar os “200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA OU MORTE” foi a proposta de estudo interdisciplinar feita pela equipe docente do curso da EJA-Emilie (Educação de Jovens e Adultos) para 2022 e apresentado à comunidade educativa nos dias 19, 20 e 21 de outubro. Esse projeto permite que alunos de diferentes séries e anos possam pesquisar, discutir e se aprofundar sobre temas selecionados para cada módulo do curso, bem como explorar os talentos e habilidades dos alunos jovens e adultos.

Nesse ano, o aniversário da independência foi a ocasião que levou o tema a ser selecionado para aprofundamento. Alguns tópicos foram destacados como a participação das mulheres no processo, o tráfico e a escravidão no Brasil, o cotidiano na vida do Império e os conflitos e revoltas que marcaram a não conivência dos brasileiros com o sistema monárquico.

O projeto prevê três noites de eventos. Na primeira, apresentações culturais, abertas ao público, são realizadas no auditório do colégio. Foi ali que Princesa Leopoldina, Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa levaram os alunos como personagens para o palco. Um desfile da moda império fez referência aos trajes utilizados em 1822. Uma apresentação de capoeira destacou-se como atividade criada pelos escravizados brasileiros. E “Império S.A.” foi a comédia do Ensino Médio que apresentou informações divertidas sobre as características de D. Pedro e sua corte.

A alimentação é o foco do segundo dia. Após pesquisa, os pratos trouxeram igual referência ao período imperial. Uma degustação é promovida entre alunos e professores. Foi possível provar o feijão tropeiro, o predileto dos condutores de cavalos e mulas desde o século XVII. Uma sala ofereceu a canja, sabor sempre à mesa do monarca. Canjica salgada, farofa de carne seca, compotas de frutas, garapa, arroz-doce, cocada, bolo de fubá, goiabada, rapadura, até apfelstrudell e goulash – ilustrativos à origem austríaca de Leopoldina – deram sabor ao aprendizado.

Na terceira noite, aberta a convidados, as salas de aula foram decoradas com o material pesquisado e apresentadas em formatos diferenciados. As maquetes dos colégios do Império, de um navio negreiro e de uma fazenda de engenho de cana-de açúcar destacaram-se nas salas de aula. Cartazes, dinâmicas, filmes, experiências, música, vestimentas, louças, fornos, moedas de “réis”, instrumentos musicais, foram muitos os objetos e recursos adequados às explicações dos alunos que, nesse momento, tornam-se os interlocutores do assunto.

Seja pela gastronomia, pela arte ou pela exposição de conhecimento, o projeto foi realizado com sucesso. Os alunos se realizaram pela maneira inovadora, dinâmica e divertida de aprender, levando os professores e a direção a se sentirem maravilhados com o resultado.


Milton Faro, professor da EJA

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